O voto que surpreendeu Brasília
Em um movimento que mudou os rumos do julgamento contra Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux surpreendeu ao divergir dos colegas e afirmar que o ex-presidente não deve ser julgado pela Primeira Turma da Corte. Segundo o ministro, a competência para esse caso seria do plenário do STF ou até mesmo de instâncias inferiores, já que Bolsonaro não ocupa mais o cargo de presidente.
Absolvição e pedido de anulação
O voto de Fux foi ainda mais duro: além de rejeitar a competência da Turma, ele votou pela absolvição de Bolsonaro e pela anulação da ação penal, argumentando que o processo teria vícios processuais graves. Para o ministro, houve “incompetência absoluta” da Primeira Turma para julgar o caso.
Divergência dentro do Supremo
Enquanto ministros como Alexandre de Moraes e Flávio Dino já tinham votado pela condenação do ex-presidente, o posicionamento de Fux abriu uma forte divergência. Agora, o placar parcial é de 2 a 1 pela condenação, mas ainda faltam os votos de Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.
Repercussão política
A decisão de Fux caiu como uma bomba em Brasília. Aliados de Bolsonaro comemoraram e viram no voto um sinal de que o processo pode não avançar. Já opositores afirmaram que a posição do ministro pode gerar ainda mais instabilidade e prolongar o julgamento.