Últimas mensagens de Japinha ‘musa do crime’ que morreu na megaoperação são expostas… Ver mais

Os áudios curtos e apressados revelam o pânico de uma mulher que tentava escapar do cerco policial. Em uma das gravações, sua voz trêmula e ofegante demonstra o medo que tomava conta da comunidade.

“Oi. Não vamos ficar aqui, não.”
“Eles tão aqui em cima de nós. A bala tá comendo. Helicóptero tá rodando.”

A mulher dos áudios era conhecida como “Japinha do CV”, apelidada nas redes sociais como “musa do crime” por sua aparência e vida de ostentação. Investigada por envolvimento com o Comando Vermelho, ela mantinha vínculos com líderes da facção e exibia uma rotina de luxo em fotos publicadas nas redes.

Durante a operação, Japinha foi cercada por agentes do BOPE e da Polícia Civil. As mensagens que enviou para uma amiga, minutos antes de morrer, foram agora reveladas pela imprensa e mostram o desespero no momento em que o cerco se fechava.

Com a confirmação da identidade, o caso ganhou repercussão nacional. Enquanto uns a viam como cúmplice do crime organizado, outros enxergaram ali mais um retrato da tragédia que consome o Rio — uma mistura de glamour, medo e violência.

A megaoperação, que terminou com mais de 130 mortos, é hoje alvo de investigações e críticas de organizações de direitos humanos.
Mas para muitos, o eco das últimas palavras da “musa do crime” resume toda a brutalidade daquela manhã:

“Eles tão aqui em cima de nós. A bala tá comendo.”