Repórter da Globo teve marido assassinado com tiros de fuzil: “Não cons…Ver mais
Desde então, Bette Lucchese construiu uma carreira na reportagem policial, cobrindo operações de risco, mortes de agentes de segurança, moradores das favelas, confrontos e a rotina de medo no Rio.
Ela recebeu reconhecimento — por exemplo, o “Prêmio Tim Lopes de Jornalismo”, por matérias sobre o caso Amarildo de Souza.
Para além das polêmicas, para além das manchetes, seu trabalho reúne duas camadas: a da repórter que vê de fora, e a da mulher que olhou o abismo de muito perto. Essa dualidade confere gravidade ao que ela relata — não somente o que acontece no morro, mas o que pode acontecer com qualquer um, em qualquer lugar.
Quando ela volta ao estúdio para comentar uma megaoperação ou para dar painel sobre segurança pública, o que se apresenta ao público inclui os fatos — e também a história por trás deles.
E talvez seja essa a força de sua voz: ela não pode se permitir fingir que não sabe o que significa “ser vítima”.