Após operação no RJ que deixou mais de 130 m0rt0s, Lula é acusad0 de… Ler mais

No dia seguinte à operação, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi o porta-voz da reação do governo. Ele afirmou que o presidente Lula ficou “estarrecido com o número de mortos” e que determinou o envio imediato do ministro e do diretor da Polícia Federal ao Rio de Janeiro.

“O presidente ficou profundamente chocado e pediu que o Ministério da Justiça acompanhasse de perto todos os desdobramentos”, disse Lewandowski.

Segundo o governo federal, a operação foi conduzida sem comunicação prévia com a União, o que teria impedido uma coordenação conjunta com as forças federais. Esse detalhe aumentou as críticas — especialmente de quem viu na fala um gesto de distanciamento ou tentativa de se isentar de responsabilidade.

Oposição e comentaristas conservadores aproveitaram o momento para acusar Lula de fragilidade e omissão diante da violência, enquanto parte da esquerda o criticou por não condenar explicitamente a ação policial.

A operação, que terminou com mais de 130 mortos, já é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro e gerou reação até da ONU, que pediu investigação imediata e transparência sobre os métodos utilizados.

Agora, o Planalto tenta equilibrar o discurso: lamentar as mortes sem entrar em conflito direto com as forças de segurança — um desafio político que pode custar caro em um país onde segurança pública e populismo caminham lado a lado.