A pequena cidade de Tabira, no Sertão de Pernambuco, amanheceu tomada pelo silêncio e pela revolta. No bairro onde todos se conheciam, a rotina foi interrompida por uma tragédia difícil de compreender.
O corpo do menino Artur Ramos Nascimento, de apenas 2 anos, foi encontrado dentro de uma casa simples, em condições que deixaram até os policiais abalados. Segundo relatos de vizinhos, o casal que cuidava da criança afirmava ser responsável por ela “há alguns meses”, mas poucos sabiam da história completa.
A mãe, em busca de trabalho, teria deixado o filho sob os cuidados de Giselda da Silva Andrade, de 30 anos, e de Antônio Lopes Severo, conhecido como “Frajola”.
Na manhã de 16 de fevereiro, o menino foi encontrado inconsciente, com marcas pelo corpo, e levado às pressas ao hospital. Não resistiu.
Logo depois, o clima de comoção se transformou em fúria. Moradores revoltados perseguiram o casal, e uma tentativa de linchamento mudou completamente o rumo das investigações. Um dos suspeitos acabou morto.
O que teria levado à morte de uma criança de apenas dois anos?
Por que a mãe a havia deixado com o casal?
E quem, de fato, é o responsável por tanta crueldade?